sábado, 19 de julho de 2008

ACABA AQUI ESTE BLOG, ATÉ SEMPRE AMIGOS

Tudo tem um princípio e um fim.
É chegada a hora de colocar um ponto final neste Blog. Como um professor uma vez me disse, um Blog “é um diário de determinada etapa ou vivência…”.

Começou tendo por base o complemento de formação e a disciplina de formação em contextos de trabalho, mas rapidamente se transformou em algo em que tive a liberdade de divagar sobre o tudo e o nada. Sem dias ou temas certos deixei-me levar ao sabor do meu mais prazeroso apetite.
Foram transversais neste Blog dois temas, o próprio Curso de Complemento de Formação e a reflexão Social e Sindical da nossa profissão.

Gostaria de prestar o meu agradecimento a todos os que contribuíram para que tal tivesse sido possível:

Paula Alves – A companheira dos bons e maus momentos e musa inspiradora de todo este trajecto académico, mais que um apoio um porto seguro.
Rafa e Zé – Os meus dois filhos que tiveram durante este ano um Pai por vezes mais ausente

João Quintinha e Paulo Cunha – Os camaradas e companheiros de 90 % dos trabalhos realizados, mas acima de tudo verdadeiros amigos.
Cláudia Baltazar, Dália e Margarida - Pessoas que se deixaram descobrir e com quem realizei um dos trabalhos mais interessantes e intensos de todos o CCFE. Não tenho dúvidas que a amizade fica e perdura. Foi a morte nas diferentes religiões que nos uniu.
Fernanda, Sónia, Lídia e Carla – Colegas do meu Hospital com quem fiz um trabalho de Gestão muito bom e que julgo poder servir de base para o lançamento de algumas questões relativas ao Hospital de Todos Os Santos. Brilhante reflexão sobre o futuro. O nosso futuro….
Helena Pinto, Evelise, Miguel, Tânia - Colegas do Pulido e Sta. Maria com quem fiz o primeiro trabalho de grupo, muito se reflectiu sobre formação em contextos de trabalho, foi o primeiro trabalho e o primeiro grupo ainda antes do natal, mas muito bom na reflexão crítica e na troca de experiências.

E de…..tantos outros colegas gostaria de aqui falar, se calhar, todos os outros de uma turma 5 estrelas. Sei que me vou esquecer de alguns, mas sintam-se todos referenciados.

Pelos contributos para o blog, foi das primeiras, destaco a Paula Cruz e o seu texto sobre Cuidados Paliativos, bem como o estudo conjunto para a disciplina de gestão.

Mas tanta gente simpática e amiga conheci com quem pude partilhar momentos muito bons; Sofia Barata, Coimbra, Fátima Mateus, Laureano, Sílvia, Mércia, Gumer ( o nosso espanhol reivindicativo e sempre com razão), Marta ( a mulher dos sapatos bonitos…..), Sandra ( a nossa grávida), Mafalda ( a mulher que precisava que cuidassem dos enfermeiros, e bem ). Desculpa Mafalda ter-te envergonhado numa aula. A Fátima Lavrador que voltei a encontrar mais de 10 anos depois (já sem pertencer à tuna da Bissaya).

Foi ainda gratificante conhecer colegas com uma enorme experiência como o João Beirão e a Judite, símbolos de experiência e maturidade.

E sinceramente todos os outros que aqui não referi nominalmente mas que me ficam na retina pelas melhores coisas. Enfim uma turma especial com gente especial que transformou as 2ªas, 3ªas e 4ªas em algo mais aprazível do que pensaria.

Um agradecimento especial a alguns professores que marcaram este percurso formativo e que por várias ordens de razão não esquecerei: Pedro Lucas – O nosso Orientador, Edmundo Sousa – O coordenador que teve que levar com os nossos desabafos, Camacho Cardoso – Com todo o respeito a pessoa com quem mais divergências tive, mas que de certa forma também me ajudou a crescer, Mota Guedes – responsável pela formação em contextos de trabalho a quem deixamos boas sugestões para continuar ainda que de uma forma mais aligeirada, Gloria Tolleti e Maria José Nogueira – Responsáveis pela cadeira de opção “cuidar de si e do outro”, foi a cereja em cima do bolo deste complemento, cuidaram mesmo de nós, Maria Saraiva – O pragmatismo ao serviço da investigação, contundente e sempre um apoio esclarecido e concreto, Nabais – um colega que nos quis dar uma visão diferente das coisas e do qual fui o responsável por ataques de outros blogues à sua pessoa, Alice Curado – O apoio brilhante na área da estatística.

Um agradecimento especial aos diversos funcionários da escola que tornaram este percurso possível – Olga – a mulher que nos alimentou, D. Celeste – uma recepcionista ao serviço dos estudantes, O Segurança – Homem com quem descontraiamos nas mais elevadas horas da noite(pena não ser portista).

Contudo não poderei terminar este Blog sem outros agradecimentos muito pessoais e vão para 3 mulheres que viveram comigo alguns anos da minha vida diariamente no SEP – A Paula, a Sandra e a D. Umbelina (3 funcionárias do SEP que de forma sistemática se preocuparam em me apoiar, senti-as comigo desde o primeiro ao último dia) . E vou continuar a contar com elas....

Agradeço ainda a algumas pessoas que com as suas reflexões contribuíram para que este Blog fosse possível e tivesse mais conteúdo – Alexandre Castro, Pedro Frias, Bruno Muchagato e José Carlos Martins.

Encerro aqui um ciclo que devo aos meus pais, continuando a ser uma pessoa com mais projectos do que memórias.

E os projectos passam por aqueles a quem ainda não agradeci, mas foram dos que mais ajudaram neste último ano – OS ENFERMEIROS DO SERVIÇO DE UROLOGIA DO H. S. JOSÉ, é com eles que conto continuar a desenvolver competências. Em boa altura tive de regressar ao Hospital e tive uma Enfermeira Directora – Ana Soares, que me colocou um serviço carenciado, mas onde somos ENFERMEIROS. Mesmo com letra grande.

Até sempre, estarei sempre onde se fale ENFERMAGEM
Por fim deixo-vos com um olhar reflexivo de Woody Allen...
"A Minha Próxima Vida"
"Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente.Começar morto para despachar logo esse assunto.Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa.Ser expulso porque estou demasiado saudável.Ir receber a pensão e começar a trabalhar.Receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária. Fica-se criança e brinca-se, não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia.E depois Voila... Acaba como um orgasmo!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Bastonária da Ordem dos Enfermeiros é convidada do «Prós e Contras» de hoje, 14 de Julho - RTP 1 - 22H25

Pela primeira vez na história do programa e da Ordem dos Enfermeiros, a representante máxima da Ordem dos Enfermeiros vai estar presente no palco do «Prós e Contras» - programa da RTP 1 a cargo da jornalista Fátima Campos Ferreira - para comentar a realidade actual da sociedade portuguesa, com especial destaque para o debate do Estado da Nação da passada quinta-feira.
A Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, estará em palco juntamente com os Bastonários da Ordem dos Médicos, Ordem dos Advogados, Ordem dos Engenheiros e Ordem dos Arquitectos.
Na plateia também irão estar presentes representantes de outras ordens profissionais, nomeadamente Ordem dos Médicos Veterinários e Ordem dos Notários.
Recorde-se que em ocasiões anteriores a Enf.ª Maria Augusta Sousa participou no programa «Prós e Contras», mas com intervenções a partir da plateia.

segunda-feira, 7 de julho de 2008


terça-feira, 1 de julho de 2008

RESULTADO FINAL E RESUMIDO DA MONOGRAFIA

"A satisfação profissional dos enfermeiros, consoante o seu vínculo, oscila entre os valores 2,94 e 3,05, o que denota uma grande uniformidade de resultados, mas também um nível de satisfação que, embora ligeiramente positivo, poderá ser considerado baixo, em virtude do valor médio da escala de Likert ser o 3.
Podemos assim concluir que o tipo de vínculo não influencia significativamente o nível de satisfação profissional dos enfermeiros.
Em relação à nossa primeira hipótese, que apontava para um maior índice de satisfação global nos FP, comparativamente com os enfermeiros contratados, não foi confirmada pelos resultados obtidos. Perante estes valores, são os FP os mais insatisfeitos, apresentando o único score negativo de satisfação (2,94).
Ao delinearmos esta primeira hipótese, julgámos que seria maior a satisfação dos FP, sobretudo pela sua relação jurídica de emprego que lhes conferia algumas regalias e estabilidade laboral. No entanto, embora isso possa ter algum peso na satisfação profissional dos enfermeiros, existem outros factores que com certeza conduziram a este (para nós) surpreendente resultado.
Um dos factores que pode ter levado a esta aparente insatisfação dos FP, terá sido a publicação da Lei nº 12-A/2008 de 27 Fevereiro referente às Carreiras, Vínculos e Remunerações, que veio acabar com a ideia de “emprego para toda vida”, pois os enfermeiros FP irão passar a Contrato de Trabalho para Funções Públicas, (como vímos no enquadramento teórico) que ainda se encontra por regulamentar.
Efectivamente, aquilo que nós percepcionávamos no início do nosso trabalho, além de condicionado pelo optimismo inerente a sermos dirigentes sindicais, não foi confirmado pelos resultados obtidos, podendo direccionar as nossas conclusões para uma clara nivelação de todos os trabalhadores por regras laborais semelhantes, ainda que com nomes de vínculos diferentes.
A satisfação profissional dos enfermeiros, segundo este estudo, é mediana.
Os CTC e CITCT, curiosamente ambos a prazo, são os mais satisfeitos, enquanto que FP e CITST são os menos satisfeitos, assistindo-se assim a uma relação inversamente proporcional entre as naturais expectativas laborais de cada sub conjunto da nossa amostra e a sua satisfação profissional. "
"O grande objectivo que trilhámos como base deste nosso estudo, foi a determinação da possível correlação entre os vínculos possuídos pelos enfermeiros e a sua satisfação profissional.
Ao delinearmos esta questão de partida como objectivo geral deste trabalho, fizemo-lo com uma ideia pré-concebida, talvez pela nossa experiência sindical, de que existiria essa correlação e de quais as implicações, razão pela qual definimos algumas hipóteses, que como vimos, acabaram por não se confirmar.
Assim, além dos resultados por nós apresentados, foi necessário submeter os nossos dados à validação da possível existência de uma correlação através de um estudo estatístico.
Antes de optarmos por aplicar o tipo de correlação mais correcto, foi necessário aplicar “o teste Kolmogorov-Smirnov de aderência à normalidade” que “serve para analisar o ajustamento (aderência) à normalidade da distribuição de uma variável”(Pestana, 1998:172).
Com a aplicação da fórmula, obtivemos um valor de 0,547, o que leva à não rejeição da normalidade da distribuição, pois não é “significativa a diferença entre as duas variáveis” (Pestana, 1998:174).
Assim, tivemos de aplicar o R de Pearson, pois é este método que “exige dados provenientes de uma distribuição normal” (Pestana, 2000:146).
Ao analisarmos a correlação podemos verificar que entre a variável vínculo laboral e a satisfação profissional, a correlação é de 0,042. Como tal, e como “R menor que 0,2 indica uma associação muito baixa” (Pestana, 2000:146), logo, a correlação que pretendiamos confirmar, não se verifica.
Talvez por este resultado possamos então concluir, o porquê da não verificação das nossas hipóteses.
Nesta fase, e como podemos observar pela pequena variação nos resultados finais do nosso estudo, as diferenças entre vínculos são muito pequenas. Parece-nos que, embora os enfermeiros contratados pudessem ser os mais insatisfeitos pelo seu vínculo menos estável, por outro, os FP sentem-se esquecidos e frustrados, razão pela qual neste momento a correlação será tão baixa."

João Quintinha, Paulo Cunha e Rui Santos

segunda-feira, 30 de junho de 2008

AMIZADE, EMPENHO, TRABALHO E SARDINHAS... ASSIM SE ACABOU A MONOGRAFIA

INVESTIGADORES: Rui Santos, Paulo Cunha e João Quintinha

sexta-feira, 27 de junho de 2008

FALTAM 3 DIAS ...

O COMPLEMENTO DE FORMAÇÃO ESTÁ A ACABAR E COM ELE A MONOGRAFIA
"O IMPACTO DOS VÍNCULOS LABORAIS NA SATISFAÇÃO DOS ENFERMEIROS"
Em breve aqui trarei resultados,
- Será que existe relação entre vínculos e satisfação?
- Qual o nível de satisfação dos enfermeiros?
- Quem estará mais satisfeito, Funcionários Públicos ou Contratados a Termo?
- Qual o grau de satisfação dos contratados individuais de trabalho?
- Será que a satisfação profissional tem que ver com a perspectiva de caducidade dos contratos?
- O desemprego actual poderá influenciar os resultados obtidos?
Até segunda, dia 30 de Junho

sexta-feira, 20 de junho de 2008

20 DE JUNHO - PARABÉNS - 20 ANOS

Comemoram-se hoje os 20 anos do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Num blog que se pretende ser algo reflexivo, não poderei deixar de felicitar o percurso feito pelo SEP com e para os Enfermeiros.
Numa altura, em que o mais fácil é criticar...parece-me ser justo felicitar quem mais fez pela enfermagem ao longo dos anos. Não felicito nínguém individualmente, mas sim um colectivo de pessoas que em dado momento das suas vidas resolveram (foram eleitos para tal) de forma mais ou menos intensa, ser os representantes dos Enfermeiros. Naturalmente que qualquer organização é feita por pessoas, e o seu puder é tanto maior, quanto maior a sua base de apoio.
Não confundámos estruturas sindicais com governos, não pensemos que são os sindicatos a legislar. Se assim fosse, viveriamos numa sociedade mais justa e solidária.
Estes 20 anos de SEP, surgem enquadrados num percurso sindical de 74 anos de sindicalismo.
Apesar dos tempos difíceis, em que é mais fácil ser reactivo do que proactivo, sei que continuará o SEP a pautar os anos pela busca incessante do melhor para os Enfermeiros. Sempre com base na auscultação dos Enfermeiros.
A história continua a dizer-nos que o justo é alcançado mais cedo ou mais tarde.
Referir que, de forma simbólica o SEP aproveitou o dia de hoje para inaugurar a sua "nova" sede nacional, a sua "nova" direccção regional de Lisboa e o seu "novo" CDI. Tudo mais centralizado num único espaço.
Um espaço dos Enfermeiros - Av. 24 Julho, 132 - Lisboa.
Obrigado e Felicidades

quarta-feira, 11 de junho de 2008

COMO UMA FORÇA QUE NÃO PODE PARAR !


DESILUDAM-SE OS QUE PENSEM QUE VOU FALAR DE FUTEBOL E DO EURO.
Faltam 20 dias para entregar a monografia, "O impacto dos vínculos laborais na satisfação dos enfermeiros", todas as minhas forças estão para aí canalizadas, bem como para um conjunto de outros projectos profissionais.
Referir que a monografia é naturalmente um projecto de conjunto, que está na fase de tratamento de dados e obtenção de resultados. Eu, o João e o Paulo lá continuamos firmes e determinados como no primeiro dia, mas mais cansados.
Quanto aos projectos profissionais, novas portas se abrem e novos desafios são encarados com a seriedade de sempre. Novos processos de aprendizagem surgem, neste continuo rolante.
Mas, ....numa breve entrevista na RCP, ouço algo brilhante de alguém que não sei quem é . Contudo adapata-se ao que cada vez mais sinto. Passo a reproduzir:
Entrevistador: Quando lhe perguntaram o que gostaria de ser numa embarcação em alto mar o que respondeu?
Entrevistado: Disse que queria ser o vento.
Entrevistador: Porque não disse querer ser o timoneiro?
Entrevistado: Porque candidatos a timoneiros existem muitos, agora contribuir para que a embarcação se mova, isso sim é mais díficil.
BRILHANTE, DIREI EU

segunda-feira, 9 de junho de 2008

FOI ASSIM .... EU NUNCA TINHA VISTO TANTOS

Dia 5 de Junho de 2008 ficará certamente marcado pela indignação dos Enfermeiros.
Para os profectas da desgraça terão sido poucos, mas para mim que já ando nisto há alguns anos foi a maior concentração de Enfermeiros que vi nos últimos anos.
Não terei qualquer problema em dizer quem em 12 anos de Enfermeiro nunca vi tanta indignação na rua, mas falando com colegas mais antigos teremos que recuar quase 30 anos ou mais anos para assistir a algo do género.
Dia 5 de Junho mais de 1000 Enfermeiros dissseram sim ao apelo à luta, à contestação. Acho que podiamos e deveriamos ser mais, contudo com os hábitos que temos de nos concentrar e sair à rua foi excelente.
Foi talvez o primeiro de muitos dias de manifestações e concentrações. Os Enfermeiros exigiram à sua estrutura sindical este dia, e ela soube responder à altura.
Escusamos de fazer contas, de dar tiros nos próprios pés. Estivemos sem dúvida perante a maior concentração de Enfermeiros das últimas décadas.
Aproveitar o potencial é fundamental... Os Enfermeiros querem e estão dispostos a continuar.
Uma palavra para os actuais dirigentes do SEP - brilhante o seu trabalho de norte a sul do país. Houve colegas a sairem de mirandela às 4h da madrugada. Quanto a Lisboa, irrepeensível o trabalho dos colegas que apesar de jovens se empenharam na divulgação da iniciativa em todas as instituições.
Um trabalho planeado e com resultados objectivos e claramente gratificantes.
Não poderei deixar de dar uma pequena alfinetada a blogosfera que tanto exige manifestações e que desta vez, se escusou na sua grande maioria, a apelar à união. Só espero que não se esqueçam nos post destrutivos de referir que contribuiram com ZERO para este momento de grande união dos ENFERMEIROS.
Depois não digam que nada se faz.....
Continua felizmente a existir gente que teima em agir. E é nos locais de trabalho junto dos colegas, mais do que nos blogues (que valem o que valem, contra mim falo).
Um grande abraço a quem dinamizou e essencialmente a quem esteve presente. Continuaremos a lutar por uma carreira digna, pela fim da precariedade, pelo pleno emprego.
Eu por mim continuarei a dizer SIM.
PARABÉNS ENFERMAGEM. OS FRUTOS COLHEM-SE E NÃO SÃO NO DIA SEGUINTE, MAS A HISTÓRIA DIZ-NO QUE SEMPRE OS COLHEMOS (MAIS CEDO OU MAIS TARDE) QUANDO A RAZÃO ESTÁ DO NOSSO LADO.

terça-feira, 3 de junho de 2008

FALTAM 2 DIAS

AMIGOS E COLEGAS:

TEREMOS DE RECUAR AOS ANOS 70 PARA NOS LEMBRAR DE UMA MOBILIZAÇÃO IGUAL AQUELA QUE ESTÁ A SER PREPARARDA PARA O PRÓXIMO DIA 5 DE JUNHO.

ESTAMOS PERTO DE UM MILHAR DE ENFERMEIROS DE TODO O PAÍS A LUTAR POR UMA NOVA CARREIRA, PELO FIM DA PRECARIEDADE, PELA DIGNIFICAÇÃO DA PROFISSÃO DA PROFISSÃO DE ENFERMAGEM.

EU VOU, TU VAIS, NÓS IREMOS..... O MOMENTO É ÚNICO.

VALERÁ SEM DÚVIDA A PENA NÃO DORMIR NESSE DIA ENTRE VELAS, VALERÁ SEM DÚVIDA TRABALHAR PARA O COLECTIVO. TU QUE ESTÁS DE FOLGA, QUE ESTÁS DE SAÍDA DE NOITE, QUE VAIS FAZER TARDE, FAZ UM ESFORÇO E JUNTA-TE ÀS CENTENAS DE ENFERMEIROS QUE LUTAM DAS 10H30M ÀS 12H30M E VÃO FECHAR A RUA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. NÃO FALTES.

PENSA NO NOSSO FUTURO. PENSA NA ENFERMAGEM . DIZ - EU VOU -

NÃO SEJAS AMORFO. RESPONDE SIM AO DESAFIO

quinta-feira, 29 de maio de 2008

UMA MENSAGEM DO COORDENADOR DO SEP PARA TODOS NÓS

"Cara (o) Colega
Decorrente da reunião realizada no dia 16 de Maio com o SEP, a Sr.ª Ministra da Saúde assumiu, entre outros, o compromisso de iniciar a negociação da Nova Carreira de Enfermagem (e restantes Carreiras Especiais da Saúde: Médicos, Paramédicos e Farmacêuticos) na 2.ª Quinzena de JUNHO.
Apesar das várias "aberturas" que conquistámos na Lei-quadro sobre Vínculos, Carreiras (Gerais) e Remunerações (Lei 12-A/2008) para a negociação das Carreiras Especiais (Enfermagem), os condicionalismos ali inseridos e o contexto económico-político permitem antever que o processo negocial não vai ser (como sempre) fácil. Por isso, e também como sempre fomos capazes de fazer, é FUNDAMENTAL EXERCER PRESSÃO SOBRE O MINISTÉRIO DA SAÚDE, agora que o processo negocial está prestes a começar.
Como vimos dizendo há bastante tempo, este é o "momento certo" para tudo fazermos em prol do que JUSTAMENTE reivindicamos.
A RAZÃO ESTÁ DO NOSSO LADO.
A FORÇA OBJECTIVA ESTÁ NA TOMADA DE CONSCIÊNCIA, POR CADA UM DE NÓS, DE QUE TODOS SEREMOS CAPAZES DE …
É FUNDAMENTAL QUE CADA UM DE NÓS "CUIDE DESTE MOMENTO" … MUITO IMPORTANTE PARA CADA UM E PARA TODOS NÓS …
QUE AJUDE O COLEGA A ESCLARECER-SE, COMPREENDER E PARTICIPAR.
POR ISSO, FAZEMOS UM FORTE APELO
A QUE PARTICIPE, DIA 5 DE JUNHO, DAS 10H30 ÀS 12H30, NA CONCENTRAÇÃO JUNTO AO MINISTÉRIO DA SAÚDE.
Um abraço
José Carlos Martins"

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A SALA FICOU VAZIA ....

Foi ontem o último dia de aulas, a última sessão lectiva.
Alegria, melancolia, saudade, diversão, tristeza um misto de sentimentos trespassaram certamente alguns dos actores daquele filme.
Contudo a hora não é de balanço é de afirmar que o "pior" ainda está para vir temos 30 dias para finalizar a MONOGRAFIA - FORÇA, EMPENHO, VONTADE, DEDICAÇÂO e TRABALHO exigem-se nesta recta final. Até aqui ninguém tem necessidade de ir a prolongamento, vamos ver se asssim é dia 30 de Junho. Acredito que sim.
As segundas, terças e quartas à tarde, essas, ficarão de certo... diferentes...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O QUE PODEMOS OU QUEREMOS VER NUMA IMAGEM ?


“Era uma vez uma estrela do mar que queria ser violinista.
Sabendo que no fundo do mar, não existiam violinos, a estrela do mar decidiu pedir boleia a um cartão que andava no mar e tinha a mania que era táxi.
Percorreram os dois os vários oceanos e foram dar à costa Australiana, onde existe um monumento em forma de casca de laranja, e onde o cartão sabia que existia um violino que estava farto de pertencer ao quarteto de cordas da ópera de Sidney.
O violino, estava farto, pois naquela orquestra, o som dos violinos era abafado pelo som da voz dos cantores de ópera.
Sendo o cartão um táxi, o violino resolveu apanhar boleia, e tanto ele como a estrela do mar chegaram à conclusão que pertenciam a mundos diferentes e foi isso que os aproximou.
Resolveram ficar em Lisboa, à beira mar e juntaram o melhor dos dois mundos : o som do violino e o cheiro do mar.”
Esta foi a interpretação dada por um Grupo de Enfermeiros (Claúdia Baltazar, João Quintinha, Carla Almeida, Marta Fonseca e Olga Reis) numa aula do 8º CCFE da ESEL pólo MFR ao visualizarem a imagem "Cortina de Ferro com Violino" de Antoni Tàpies (ver topo), numa aula ministrada pelos docentes Luís Nabais e Glória Tolleti.
Nem para tudo o que olhamos, atribuímos significados negativos....

sábado, 17 de maio de 2008

SEP REUNIU COM MINISTRA DA SAÚDE - DIA 16

"Nota à Comunicação Social
MINISTRA DA SAÚDE REUNIU HOJE E ASSUMIU COMPROMISSOS COM SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES (SEP)

Na reunião realizada hoje, dia 16 de Maio, entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM) e a Sr.ª Ministra da Saúde (tendo, também, estado presente o Sr. Secretário de Estado da Saúde, Dr. Francisco Ramos), foram abordadas as seguintes matérias:

1 – Carreira de Enfermagem
Foi assumido o compromisso de agendar a primeira reunião de negociação sobre a Nova Carreira de Enfermagem para a 2.ª quinzena de Junho.

Nesta primeira reunião serão abordadas matérias de enquadramento (designadamente, Carreira de Enfermagem/Acordo Colectivo de Trabalho – ACT, para Funcionários, Agentes e Contratos Individuais de Trabalho), metodologia e Princípios Gerais.

2 – Admissão de Enfermeiros e Precariedade
Face à ausência de Dotações Seguras (carência de Enfermeiros) na generalidade das Instituições e Serviços e à elevada, injustificada e ilegal precariedade das relações de emprego (subcontratação de enfermeiros através de empresas, contratos a termo e recibos verdes, apesar destes enfermeiros estarem a exercer funções permanentes), o Ministério da Saúde:
Declarou estar empenhado em procurar formas de diminuir a precariedade na sequência dum estudo de necessidades existentes
Neste quadro, agendará reunião com o SEP no sentido de abordar soluções para várias questões: regularização de actuais Vínculos Precários, dotar serviços com mais enfermeiros e modalidades de admissão que garantam mais estabilidade

3 – Outras Matérias
No âmbito do Ministério da Saúde serão criados espaços de discussão com o SEP sobre alguns aspectos inerentes a:
Ø Rede de Cuidados Continuados
Ø Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, designadamente no que respeita à Unidade de Cuidados na Comunidade.

Relativamente à transição do Hospital Amadora Sintra para Entidade Pública Empresarial – EPE, os aspectos laborais relativos aos enfermeiros serão negociados com o SEP, face à existência do actual Acordo de Empresa.

Lisboa, 16 de Maio de 2008
A Direcção"

sexta-feira, 16 de maio de 2008

segunda-feira, 12 de maio de 2008

DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

CUSTA,
CLARO QUE CUSTA...
NÃO É TUDO COMO QUEREMOS E PROJECTAMOS
MAS CONTINUA A VALER A PENA.

EU CONTUNUO A ACREDITAR NUM FUTURO,
NUM FUTURO DIFRENTE E MELHOR,
ONDE CADA VEZ MAIS NOS IREMOS AFIRMAR
PELAS PRÁTICAS DIFERENCIADAS.

ESTAMOS DE PARABÉNS,
SOMOS ENFERMEIROS !

E COMO PREVI AS COMEMORAÇÕES
QUE MARCAM ESTE DIA SÃO AS DA FNOPE,
FÓRUM NACIONAL DAS ORGANIZAÇÕES PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.

A TEMPO E HORAS AS IDEIAS DE GRANDES MANIFESTAÇÕES,
CONVOCADAS POR BLOGUES ATRAVÉS DE SMS E POR MAIL,
SE DESVANECERAM, CHEGOU-SE A DIZER QUE SERIAM MILHARES...

O QUE TEMOS HOJE É SOBRIEDADE,
SÃO OS ENFERMEIROS E AS ORGANIZAÇÕES JUNTAS,
NUM GRANDE SINAL DE DIGNIFICAÇÃO,
DO QUE É SER ENFERMEIRO.

PARABÉNS A TODOS

quinta-feira, 8 de maio de 2008

PORQUE MENTEM ALGUNS BLOGUERS NA ENFERMAGEM ?

Li isto, através do blog “Doutor Enfermeiro” - http://doutorenfermeiro.blogspot.com/ (post de 5 Maio) que nos remete para outro blog com o nome “Só a enfermagem nos move” - http://soenfmove.blogspot.com/2008/05/mas-ainda-estamos-longe-do-melhor-valor.html (post de 5 Maio). E fiquei chocado.

Reza assim:

“…Com base em dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Alto Comissariado da Saúde (ACS), deixo-vos alguma informação que merece uma reflexão profunda

Ano.........Nº Enf.*......NºMédicos*

2006 .........4,8..................3,5
2005 .........4,6..................3,4
2004..........4,3..................3,3
2003..........4,2 .................3,3
2002..........4,0 .................3,2
*por 1000 habitantes
.
Fonte:
INE
Os dados apresentados representam um aumento de 800 enfermeiros por 1000 habitantes, em 4 anos, e de 300 médicos por 1000 habitantes, no mesmo período…..”


Dei voltas com tamanha MENTIRA, de 2002 até 2006 cada 1000 portugueses, segundo estes dados, passou a ter mais 0,8 enfermeiros. Não como os arautos da verdade dizem que houve “aumento de 800 enfermeiros por 1000 habitantes”.

É só fazer contas, se em 2002 existiam 4 Enfermeiros para 1000 habitantes e em 2006 4,8 Enfermeiros…. Nem sequer existe mais um Enfermeiro para mil habitantes.

Caso queiram fazer contas (regra de 3 simples) e ser rigorosos (duvido), podem sim chegar à conclusão, que para os 10 MILHÔES de Portugueses passaram a existir mais 8 000 Enfermeiros entre 2002 e 2006 segundo o INE.

É falso o que os colegas dizem. Fica qui reposta a verdade dos números.

Só não percebo porque mentem?
Se por fragilidade matemática, ou voluntariamente para induzir os leitores em erro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

MEDO !!!!!!!!!!!!!!

A angústia chega por volta desta hora…
Penso nos meus 2 filhos, e fico a pensar no que gostaria que eles vivessem e não vão viver. Sem saudosismo mas com melancolia….
Começo pela história, e desespero quando penso que para eles o 25 de Abril será só um feriado tipo o dia da Imaculada Conceição. No mínimo chocante.
Depois penso que nunca vão saber o que é (foi) um ZX Specctrum e o excepcional som dos jogos a carregar.
Quando passo às doenças a coisa complica, eu tive varicela, sarampo, papeira, escarlatina, etc, etc…. Os desgraçados têm quanto muito varicela e depois tudo o resto são viroses ou a 5ª doença, que ainda ninguém me soube explicar o que é. E agora em vez de irem para o hospital telefona-se para a saúde 24. Qual é a criança que saberá a riqueza artística da iosina ?
Depois penso nas brincadeiras, saberão eles, que giga, era o nome dado à bicicleta, algum deles saberá jogar à carica ou jogar ao bafa?….. Saberão construir uma cabana em cima de uma árvore?
E fisgas, e fazer um papagaio com a cola feita de farinha e água ?
E grilos saberão ter arte e engenho para os apanhar?
Conhecerão o verdadeiro significado da ferida abrasiva, aquela quando caíamos na gravilha? Hoje tudo é sintético….
Mas existem coisas mais tristes, como explicar aos meus filhos a importância do festival da canção ou dos jogos sem fronteiras. Podia ser mau, mas framboesas com canderel não é melhor….
Já nem vou falar da abelha maia, do marco, da heidi dos queijinhos frescos e da Ana Faria…..
E na economia, nunca saberão o que é (foi) o escudo….tentem lá dizer ao petiz o que é o cifrão - $ -.
Algum dia vão saber o que era o restaurador olex ou a pasta medicinal couto…..
Como explicar quem foi o Eng. Sousa Veloso ou o Vasco Granja ou até mesmo o Eládio Climaco…..
E o Totta que já não é Açores, nem o BES é Comercial de Lisboa…..O Fonsecas, o Pinto Sotto Mayor…..
E os táxis porque já não são pretos e verdes……

segunda-feira, 5 de maio de 2008

EM JANEIRO ESCREVIA ASSIM....

"Em Outubro comecei a realizar o curso de complemento de formação, para o qual estou a realizar este trabalho e com o qual tenho tido uma relação bastante satisfatória e regressei ao hospital, agora serviço de Urologia (acordado entre mim e a Sra. Enfermeira Directora), onde fui recebido de forma excepcional por toda a equipa e onde tenho podido desenvolver o meu trabalho, num colectivo multidisciplinar fascinante. A reflexão neste serviço é algo tão habitual como prestar cuidados de enfermagem de excelência, mas continuamos todos apostados em ir mais longe até porque a evolução além de necessária, está ao nosso alcance e o dinamismo é factor desencadeante de um futuro cada vez mais promissor.
Chegou o tempo de me manter inquieto mas de permanecer neste serviço mesmo após o terminus do Curso de Complemento de Formação, o sindicato é presente e será futuro se os Enfermeiros quiserem continuar a acreditar num projecto onde eu esteja envolvido, mas de uma forma menos disponível e reservando a coordenação para gente mais jovem.
A angústia e tensão de voltar ao local de trabalho, deu origem em 4 meses à vontade de por lá continuar, irreverente e inquieto como sempre. Mas acima de tudo certo de que em cada momento da minha vida estou a fazer algo de muito útil e produtivo para uma sociedade que continuo a achar puder ser melhor amanhã. Ser enfermeiro, para mim, também é isto, é transformar muitas vezes o impossível. Como alguém dizia “não sejamos utópicos mas exijamos o impossível”."

IN PORTFÓLIO OLHARES REFLEXIVOS

domingo, 4 de maio de 2008

SER MÃE

"Ser mãe é ser humana
É ser gente, é ser bicho
É viver sem chegar, sem partir
Ser mãe é reconhecer o mundo
Através do amor profundo
É sonhar, é sorrir, é chorar

Ser mãe é descobrir a cada dia
Que a vida recomeça
É olhar com o coração
É música, é dança, é bonança

Ser mãe é não ter sono, nem cansaço
Plantar, adubar e colher

Ser mãe é cantar a felicidade
É ser poeta e também profeta

Ser mãe é falar o necessário
É calar, é olhar, é entender

Ser mãe é abraçar
É acarinhar, é mimar
É ter a sabedoria dos deuses
A paciência do tempo
É não ter contratempo

Ser mãe é ser anjo
É loucura, é aventura permanente

Ser mãe é viver cercada de amor
É o início, é o meio e jamais o fim

Ser mãe é ser assim... "
Jane Botti

SERÁ ... DOS MELHORES POEMAS QUE JÁ OUVI

NÃO DEIXA DE SER UM OLHAR REFLEXIVO !

sexta-feira, 2 de maio de 2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A LUTA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

“….Foi desenvolvida uma acção reivindicativa por este Portugal fora, na qual nós (Estudantes, Associações de Estudantes e FNAEE) tentamos sensibilizar os Governantes Civis e o Ministro do M. da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) para as condições em que está a ser ministrado o Curso de Licenciatura em Enfermagem.

Queremos frisar os seguintes pontos:

Aumento abrupto do número de Instituições de Ensino e de estudantes de EnfermagemIncapacidade de resposta por parte do Ministério a nível de subsídios para as Instituições de Ensino. Escassez de locais de Ensino Clínico (que representa 50% do curso) perto das Instituições de Ensino <- chega a haver distâncias superiores a 100kmEsforço economico-financeiro exigido nos Ensinos Clínicos (em acréscimo a todos os outros gastos: propinas elevadíssimas, aquisição de manuais e outros materiais essenciais)Falta de Acção Social (subsídios para os Ensinos Clínicos, incapacidade de previsão de gastos, pouca flexibilidade das bolsas de estudos) Corte orçamental na área da educação e na área da saúdeDesemprego entre outras coisas.

Vai, então, decorrer uma acção de sensibilização no dia 5 de Maio, entre as 16h30 e as 19h, em frente ao Hospital Santa Maria, onde estará presente o Pólo Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Pretendemos fazer luto académico (traje ou roupa preta) e distribuir panfletos com os tópicos do nosso descontentamento, conversando e sensibilizando as pessoas para a precariedade do estudante de Enfermagem.

Andreia Santos (ESEL - Pólo Francisco Gentil)
Aproveito para deixar referência a este blog http://salaenfermagem.blogspot.com/
É uma iniciativa de alguns Estudantes de Enfermagem..."

sexta-feira, 18 de abril de 2008

SAÚDE 24 - "POUPAR" EM TODA A LINHA

Esta notícia é positiva para o País, e até quiça, dignificadora do trabalho dos enfermeiros, só pecou por não abordar mais 2 aspectos:

1º Os enfermeiros no ínicio, recebem pouco mais de 8 € /hora iliquidos por este trabalho;

2º Mediante tempo de exercício e avaliação, mudam de "escalão", passando a auferir pouco mais de 9 € /hora, contudo poderão voltar ao "1º escalão" - pouco mais de 8 €, mediante uma avaliação mais desfavorável. Sendo que um dos critérios para que tal aconteça, é o tempo que o Enfermeiro demora em cada chamada. Existe um tempo padrão por chamada, sendo pouco aconselhável para o desenvolvimento remuneratório do Enfermeiro que o ultrapasse.

Será que pensam que o Enfermeiro, passará algum tempo a perguntar ao utente como está o clima lá na terra, ou que filme está em exibição no cinema local ?

Muito e bem, será que há quem ?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

DIA G

Nada de trocadilhos com ponto G.... O que para alguns até poderia ser mais díficil (piada estúpida e sexista e eu a armar-me em bom, como se soubesse o que isso é...)

Sim, eu sei que se costuma dizer dia D (deve ser de decisão, mas não me falem mais de decisão)

Mas hoje é mesmo dia G - Dia de Gestão.



Planeamento, Liderança, Motivação, Tomada de decisão, Organização, Estruturação, Cultura Organizacional, Recursos Humanos, Cálculo de Pessoal, Integração, Modelos de Trabalho, Gestão de Stocks, Qualidade..................Chega. (esta parte foi mesmo a séria).

Mais logo, lá estaremos a fazer a frequência da Cadeira de GESTÃO. Quer dizer,........ cadeira..... Aquilo é mais um cadeirão (não da Colunex que este não dá para relaxar) .
Às 17 horas teremos (por nossa encomenda) à porta da escola o porofessor Caramba e o professor Alexandrino (Hirto e rijo como uma barra de ferro) a torcer por nós (estes 2 professores foram os únicos que ainda não chegaram a acordo com a Ministra em relação à avaliação de desempenho). São os únicos que conseguimos contratar (devido ao baixo preço) porque a Dona fátima, desculpem....(caíu-me um raio na cabeça), Nossa Senhora de Fátima já morreu e agora só se lhe pagarmos em cera (e com a igreja nova já não precisa).E cera é coisa só para alguns alunos que se gostam de armar (piada privada que tem que ver com as velas que se levam para os trabalhos ...)


Mas, dos fracos não reza a história, e lá iremos nós, os bravos do pelotão (não são os do filme, somos mesmo nós) dar cabo daquilo (do teste, sim porque nós desligamos o telefone nas aulas).

A Turma A do 8º CCFE da ESEL polo ESEMFR, mais uma vez dará conta do recado (quer dizer sou um tipo optimista (isto antes do acordo ortográfico) porque agora sou (só) otimista)

Há dúvidas? Não.

Mas há jantar a seguir.......

terça-feira, 15 de abril de 2008

Poesia para os distraídos

No primeiro diploma,
Congelam as progressões,
Acabam os escalões,
E não dizemos nada.

No segundo diploma,
Aumentam o tempo das reformas,
Mexem com todas as normas,
E não dizemos nada.

No terceiro diploma,
Alteram o sistema de saúde ,
Há um controlo amiúde,
E não dizemos nada.

No quarto diploma,
Criam-se informações,
Geram-se várias divisões,
E não dizemos nada.

No quinto diploma,
Passa a haver segredo,
As pessoas vivem com medo,
E não dizemos nada.

Até que um dia,
O emprego já não é nosso,
Tiram-nos a carne fica o osso,
E já não podemos dizer nada.

Porque a luta não foi travada,
A revolta foi dominada,
E a garganta está amordaçada.

(de autor anónimo)

sábado, 12 de abril de 2008

LENDA DO ENFERMEIRO

Não costumo ser lamechas, mas acho que este texto que recebi por mail é giro, foi-me enviado pelo Enfº Gumersindo Gomez Gil. Fica para leitura de fim de semana.

" Quando Deus criou o enfermeiro, teve de fazer horas suplementares. Era o sexto dia. Disse-lhe um anjo:- Senhor, há muito tempo que trabalhais para fazer este modelo!- Já pensaste na longa lista de simbolos especiais inscritos nesta encomenda? A obra tem de ser entregue sob a forma masculina e feminina, fácil dedesinfectar, sem despesas de conservação e não pode ser de plástico.
Ele deve ter nervos de aço, costas que resistam a toda a provação, sendo ao mesmo tempo docil e gracioso, para se poder sentir à vontade nos quartos de serviço demasiado pequenos. Deve poder fazer cinco coisas ao mesmo tempo, tendo ocuidado de manter sempre uma mão livre. - respondeu-lhe Deus.
O anjo abanou a cabeça e disse:- Seis mãos, isso é uma coisa impossível.- A dificuldade não está ai. O que me preocupa são os três pares de olhos que deve ter o modelo padrão; dois olhos para ver a noite atravês das paredes,durante as velas e para vigiar duas unidades; dois olhos atrás da cabeça para ver aquilo que não gostariam que ele visse, mas de que tem que ter absoluto conhecimento e, seguramente, dois olhos de frente, que olham para o paciente e lhe dizem: 'Compreendo-vos, estou aqui, não se preocupe.' - Deus respondeu.
O anjo puxou-lhe gentilmente pelo braço e disse:- Ide dormir Senhor, amanhã de manhã continuareis.- Não posso. - respondeu o Senhor - Já consegui que raramente adoeça e se saiba tratar a si mesmo. Aceita que dez quartos duplos recolham quarenta doentes, mas nunca que dez postos de trabalho sejam apenas providos com cinco enfermeiros. Gosta muito da sua profissão, que exige muito dele e não é muito bem pago. Sabe viver com horários irregulares e aceita ter poucos tempos livres.
O anjo andou lentamente à volta do modelo do enfermeiro e suspirou:- O material é demasiado mole.

Deus replicou:- Mas é tenaz. Tu não imaginas tudo o que ele pode pensar! Não somente pensar,mas avaliar uma situação e tomar compromisso.O anjo inclinou-se mais sobre o modelo, passou-lhe o dedo pela face e disse:- Vejo aqui uma fenda. Já vos disse que experimentais várias coisas no vosso modelo.- Esta fenda é feita por uma lágrima. - disse Deus.- Porquê?- Ela corre nos momentos de alegria, de tristeza, de decepção, de dor e dedesamparo. - explicou-lhe Deus - é a lágrima que serve de tubo de escape para o excedente.
Este post dedicado a todos os que dedicam a vida a esta profissão...'Os anjos estão no céu e os enfermeiros na terra'"

segunda-feira, 7 de abril de 2008

CUIDADOS AO CORPO POST-MORTEM


É hoje a apresentação de mais um trabalho que deu especial gosto a preparar.

Diferentes religiões, diferentes culturas, diferentes cores, diferentes cuidados ao corpo dos nossos utentes post-mortem.

Enfermagem - cuidar e respeitar na diferença, de ínicio ao fim da vida.

Muito porreiro, aprendeu-se na construção do trabalho e muito ....

sábado, 5 de abril de 2008

ACTUALIDADE ... PARA REFLECTIR

UM OLHAR REFLEXIVO DE ANTÓNIO BARRETO NO PÚBLICO

"...NÃO SEI SE SÓCRATES É FASCISTA. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas ..."

segunda-feira, 31 de março de 2008

4 EXCELENTES HORAS DE AULAS

Não tive dúvidas nenhumas em afirmar que foram as 4 horas mais interessantes horas do complemento de formação. De uma forma empenhada, descontraída e intimista, 4 grupos de colegas apresentaram trabalhos de grupo sobre novos desafios na enfermagem.

E enganam-se aqueles que pensam que se foi falar das desgraças da profissão, dos vínculos, do desemprego, das novas profissões, de EPE´s ou PPP´s.

Falou-se de ser ENFERMEIRO

O carpir de mágoas deu lugar a 4 brilhantes exposições.

1º Eutanásia – Começou com um excelente excerto de um filme sobre a morte de RAMON SAMPEDRO “mar a dentro”, prosseguindo lançando questões sobre esta temática cada vez mais actual. Como agir?

2º Intervenção na Comunidade Cigana – Uma abordagem global a esta comunidade tantas vezes botada ao ostracismo nas instituições de saúde. Percebendo melhor algumas questões culturais traçaram-se caminhos no combate a “CIGANOFOBIA” que reina entre muitos profissionais de saúde. Serão os ciganos, afinal diferentes de todos os outros ?

3º Envelhecer… Hoje – Um drama da sociedade moderna a que urge dar resposta, apontar para a intervenção dos enfermeiros no preparar da “Envelhescência”. Enquadrada a teoria, as colegas teatralizaram situações com que somos confrontados no dia a dia, os Velhos e as suas famílias. Terminaram com chave de ouro, com várias imagens alusivas à solidão ao som da música de Mafalda Veiga “o Velho”.

4º Ser Pai – Muito interessante. O papel do Pai ao longo dos séculos e o seu crescente papel em actividades como o acompanhamento da saúde dos filhos. Termos como pai galinha foram dissecados, fazendo-nos reflectir enquanto objecto e sujeito da prestação de cuidados. Uma brilhante selecção fotográfica culminou na apresentação de um vídeo com o testemunho de filhos e outros familiares dos colegas sobre o papel do pai. Vários testemunhos na primeira pessoa que conferiram uma riqueza ao trabalho já de si precioso.

Assim se saí de uma aula a dizer - continua a valer a pena ser ENFERMEIRO

sábado, 29 de março de 2008

ARTIGO DE OPINIÃO I

As profissões em saúde estão a passar por uma fase decadente, excepçãopara a Medicina. Nomeio a farmácia também porque apesar dos altos índicesde empregabilidade do curso, a mercantilização desta profissão a temdegradado.

O cartão das farmácias(crédito), o alargamento dos serviços desaúde das farmácias, os velhinhos que gastam 3 euros a fazer o teste rápidoda "prosca" ou do "castrol" porque tiveram um "ABC", os 1001 produtos quelá se vendem(desde comprimidos de alho a estimuladores clitorianos daharmony), levam-me a crer que falta pouco para que um dia acabemos por irà farmácia para revelar fotografias e aproveitar para levar uma pizza parao jantar (terapêutica claro!).

A enfermagem não foge à regra, mas devidosobretudo ao desemprego que afecta os jovens enfermeiros,independentemente de se tratar de desemprego estrutural ou conjuntural,com repercussões evidentes e transversais.

Contudo, penso que dasprofissões com desemprego (enfermagem, fisioterapia, técnicos, psicologos,nutricionistas, etc.), são os enfermeiros que mais hipóteses têm dereverter esta situação devido às estruturas organizacionais que aindarestam (SEP) e instrumentos legais que ainda dispõem (Ordem e REPE).

Com pertinácia, citando Paulo Catarino, "Pai jurídico do REPE", estamos jáa trabalhar nisso, através da alteração do Estatuto da Ordem dosEnfermeiros e do novo Modelo de Desenvolvimento Profissional(MDP), bemcomo na necessária articulação com a nova carreira de enfermagem a sernegociada.

O Ministro do Ensino Superior, em reunião com a OE este mês, negou parajá a adequação do ensino de enfermagem ao 2ºciclo de Bolonha.Os nossos "amigos" educadores de infância e professores do 1º ciclo têm jáos seus cursos adequados a Bolonha - vão ser mestres(2ºciclo), mas com 4anos de curso. Os enfermeiros vão ser licenciados com os mesmos 4 anos.Idiotas! Afirma quem se apercebe deste facto e tem razão...Os outrosestudam tanto como vocês e são mestres...

Não entrando pelo argumentário difícil que a Ordem tem de levar aoMinistério baseado em perfis de competências, etc,etc,etc, será que poreste simples facto esta situação é assim tão imperceptível e polémica, oufinalmente começa a ficar claro quem tinha razão nesta matéria...

Pena, é que situações como estas sejam sempre resolvidas da mesma maneira- com a questão salarial.

Quando os enfermeiros, os alunos de enfermagem e os docentes de enfermagemse aperceberem que os Médicos mestres, os Arquitectos mestres, osEngenheiros mestres, os Advogados mestres, os Psicólogos mestres efinalmente os Educadores de Infância mestres de "BOLONHA" vão ganhar mais,porque são "MESTRES", vão finalmente unir-se para exigirem ser "mestres" eganhar como os outros.

Pena que seja pelo dinheiro e não pela diferenciação profissional que essefacto deveria acarretar. Este deve ser dos poucos exemplos em que odinheiro alguma vez uniu seja o que for...

A história repete-se...Não foi por dinheiro que exigimos ser licenciados?

Bruno Maurício (Enfermeiro SCMLx)

quinta-feira, 27 de março de 2008

ENFERMEIRAS PERDEM PRÉMIO DE PRODUTIVIDADE SE NÃO USAREM MINI SAIA

"Não usar uma mini-saia no trabalho pode significar menos dinheiro no fim do mês. Esta é pelo menos a ideia da clínica espanhola San Rafael, em Cádis, que retirou a dez recepcionistas e enfermeiras o seu prémio de produtividade, por não usarem a saia curta que faz parte do uniforme obrigatório, escreve o diário espanhol “El País” na sua edição online.
As mulheres recusaram o traje estipulado, que além de deixar as pernas descobertas obriga ao uso de um avental justo e pouco prático. Assim, no fim do mês receberam menos 30 euros, o preço por andarem com os tradicionais fatos de saúde.
As funcionárias sentem que a decisão, mais do que injusta do ponto de vista económico, vai contra a lei da igualdade. “Sentimo-nos objectos decorativos. Quando estamos a trabalhar não temos liberdade de movimentos e não nos podemos baixar para atender doentes que estão acamados. Temos que expor o nosso corpo para fazermos o nosso trabalho”, explicou Adela Sastre, presidente do comité da empresa.
O gerente da clínica, que pertence ao grupo Pascual, desafiou os trabalhares a levarem o caso aos tribunais. José Manuel Pascual diz que a medida é justa e apenas surge na sequência do incumprimento da normativa de vestuário. O código aplica-se a outros centros de saúde do grupo onde, contudo, ainda não houve queixas.
A Delegação Provincial de Saúde da Junta de Andaluzia em Cádis informou que já enviou um requerimento à empresa sobre este assunto. A mesma fonte garantiu que a Junta mantém um acordo com a empresa para os hospitais, mas apenas assistencial.
A secretária provincial do sindicato de enfermagem (Satse), Carmen de Porres, considerou a situação “indigna e vergonhosa”. “As saias, collants, tamancos e coifa caíram em desuso há mais de 20 anos por ser muito pouco funcional”, acrescentou a representante. “Parece mentira que em pleno século XXI e quando todo o mundo fala de igualdade entre homens e mulheres existam empresas deste tipo”, criticou a dirigente sindical. “As saias sobem cada vez mais e o decote baixa”, lamentou a representante.
As auxiliares e enfermeiras da clínica anunciaram ontem que iam levar este assunto até às últimas consequências."

quinta-feira, 20 de março de 2008

SÓCRATES DESVIA A AGULHA E CHEGA A FAZER PIRUETA...

Sócrates afinal também muda!

Depois de manter as decisões de a Construção e Gestão Clínica de Hospitais como o de Cascais, Vila Franca e Loures serem totalmente entregues nas mãos dos privados, vem agora dizer o contrário para outros hospitais.

Tardou em perceber que era extremamente perigosa a oferta que estava a fazer aos diversos grupos económicos.

Tardou em dar razão a uma franja social que dizia que a opção não era a mais correcta.


Agora vem dizer que parcerias publico-privadas, só para a construção de novos Hospitais e não para a sua gestão clínica.

Anuncia assim que por exemplo Sintra e Todos os Santos terão gestão clínica Pública e só a construção será realizada em parceria Privada.

Sem dúvida um dado novo, só assumido ao fim de 3 anos de mandato, peca por tardio.


Mas mais notável foi a pirueta em relação ao Hospital Fernando Fonseca.

Recentemente ouvíamos o Correia de Campos dizer que finda a concessão deste Hospital ao Grupo Mello, seria lançado novo concurso para saber qual o operador privado que o passaria a gerir.

Agora Sócrates rasteira o já definhado Correia de Campos afirmando que a partir de 1 de Janeiro de 2009 o HFF passa a ser uma Entidade Pública Empresarial. Ou seja o HFF agora entregue aos Mellos passa a HFF,EPE.

O grupo Mello não tece comentários, esperemos pelos seus porta-vozes Fernando Seara e José Raposo presidentes dos Municípios de Sintra e Amadora respectivamente, que dirão das boas. Afinal o negócio estava feito para que estes começassem a receber dinheiro do grupo Mello.

O Grupo Espírito Santo já fez saber que o prejuízo é incalculável.

Será que Ana Jorge impôs condições para aceitar o cargo?

quarta-feira, 19 de março de 2008

segunda-feira, 17 de março de 2008

A DIVERSIDADE

ENTENDO QUE TER NESTE BLOGUE A OPINIÃO DE VARIADOS COLEGAS É UMA MAIS VALIA, DAÍ TER MANDADO PARA ALGUNS COLEGAS O SEGUINTE MAIL:

"Gostaria de vos pedir para que em "poucas linhas" façam um artigo de opinião sobre o actual momento que a enfermagem vive. Interrogações e desafios ?Naturalmente não vou dar nem limite maxímo de linhas, nem aspectos a focar.As reflexões serão colocadas no meu blogue com a identificação do seu autor, a medida que me as forem enviando.Este pedido é feito a variados enfermeiros (tanto do sector público como privado, tanto no activo como aposentados, tanto de hopistais, centros de saúde ou escolas), independentemente do seu status profissional ou organizacional. Acima de tudo a pessoas que julgo terem visões muito próprias da enfermagem. Não o faço a título de representante de algo nem nínguem, mas enquanto seres humanos e enfermeiros"

ESPERO EM BREVE VERTER AQUI ALGUNS DOS CONTIBUTOS RECOLHIDOS

domingo, 16 de março de 2008

DOS 100 MIL PARA ....

150 PROFESSORES
Uma semana bastou para que com a aposta nos SMS´s se fazer das forças fraqueza da vitória chacota.
Sempre é bom reflectir...

sexta-feira, 14 de março de 2008

14 MARÇO - DIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

OS ENFERMEIROS NA UROLOGIA DE S. JOSÉ CONTINUAM A CUIDAR INCONTINENTES. TEM SIDO GRATIFICANTE

UM OLHAR SOBRE A DESCONTRAÇÃO

Quando uma pessoa anda a fazer o Complemento de Formação, e faz também daquele espaço algo que extravase os contextos lectivos, surgem momentos como este. Eu e o Paulo Cunha a comer Arroz de Grelos e Pescadinhas de Rabo na Boca (às 6 da tarde) trazidas pela Dália. Fica aqui o meu obrigado à Dália e à sua Mãe. Mais um momento de socialização e de transformar em cada vez mais agradável tudo aquilo que fazemos. Bom Lanche... cada vez mais acho que a vida é composta de momentos e que os momentos são aquilo que nós queremos deles fazer. São servidos?

quinta-feira, 13 de março de 2008

domingo, 9 de março de 2008

O DESPERTADOR SOCIAL

Este fim-de-semana ficou marcado pela grande acção de luta dos Professores.

Importante será saudar manifestantes e organizadores. Os primeiros porque resolveram fazer mais do que dizer coisas como por exemplo “isto não pode ser assim…, …alguém deveria fazer alguma coisa… . ou seja ousaram “perder” algum do seu tempo para uma acção colectiva. Os segundos porque souberam dinamizar e acreditar nos profissionais que representam.

Mas como diria o Mário Nogueira da FENPROF após o dia 8 nada ficará como dantes. Além da justiça da luta, os professores mostraram ao mundo que o que os move não são vitórias imediatas, ou seja manifestaram-se com consciência de que no dia seguinte os ganhos não seriam objectivos. Mas mais do que tudo demonstraram aos Portugueses o desrespeito que um Governo pode ter com os seus trabalhadores.

Nada ficará como dantes porque dia 8 de Março de 2008, tocou o despertador social.

Todos nós acordámos para a força do puder, das maiorias absolutas, da arrogância governativa.
Vimos dois terços de uma profissão na rua, sem separatismos bacocos nem divisionismos. Não vimos falar em “ismos” nem em “istas”. Não se falou em socialismos nem em comunistas, não ouvimos falar em Social democratistas nem em bloquistas… . Não assistimos a professores a dizerem mal de professores. Não lemos nada nem ninguém (professor claro está) a pedir a cabeça de outro professor. Nunca vi professores a pedir a cabeça de outros professores, não vimos ninguém a dizer que o que se tem de fazer é juntarmo-nos mandado uns SMS ou marcando uma acção via Blogues. Vimos efectivamente o trabalho defendido por quem o tem de defender.

E o que ouvi dizer aos Enfermeiros quando viram um País de professores a caminho do Terreiro do Paço:

“Eles é que são unidos, nós nunca faríamos uma coisa destas”


Ora aí está uma afirmação que para mim quer dizer só isto “se alguma organização profissional de enfermagem marcar uma marcha destas, eu não irei”

Os Enfermeiros que se continuam a querer fustigar e depreciar, ainda não perceberam que quando dizem que nós não somos capazes, só estão a manifestar a sua íntima vontade de não adesão à luta.

Esta é a minha opinião, admito existirem outras. Naturalmente que quando estabeleço esta comparação, faço-o à luz do volume de profissionais existentes e das características das profissões. Nós não somos 150 mil, no activo seremos 35 mil e não temos nenhum dia da semana ou do ano em que todos estejamos de folga.

No dia em que todos dissermos, isto é possível na Enfermagem, estamos a assumir que seremos os primeiros a marchar…

sábado, 8 de março de 2008

SIMPLESMENTE MULHER ...

No Dia Internacional
da Mulher


Até Deus, logo que te viu,
no breve enlevo do paraíso,
te amaldiçoou com o pecado original...
E o Homem, através dos tempos,
impondo o poder que esse Deus lhe deu
nunca te perdoou o encantamento
da bíblica árvore em que se perdeu...

Em nome de Jeová e Alá,
Moisés, Cristo e Maomé,
cristãos, muçulmanos e judeus,
erguendo aos céus os sagrados livros,
impuserem o silêncio do teu corpo,
riscaram a tua existência, a tua voz...
E a tua vida, separada da tua pujança,
foi apenas uma sombra esquecida...
Benzeram-te com a peçonha
da vergonha
de teres nascido mulher...
E os homens ungiram a tua vagina
para aquecerem a sua volúpia,
dilataram o teu vigoroso útero,
que pariu a humanidade inteira,
esquecendo-se sem remorsos
da tua dimensão verdadeira...

Eras apenas mãe, esposa ou irmã,
na simples serventia de parideira, vivendo
ao ritmo das mamadas dos teus filhos...
E quando o vento mudava de feição
eras serpente, bruxa e feiticeira,
desgraçada e perdida rameira...
Mulher sem condição...

E tu eras simplesmente Mulher
(e não um objecto qualquer,
escondido na burka, no hábito ou no véu)...
Nem mesmo eras aquela outra Maria
que as asas de um arcanjo cobriu
E que, mesmo chamada virgem, pariu...

Alexandre de Castro
Lisboa, Março de 2005
Registado: IGAC/MC- 5467/2004

quinta-feira, 6 de março de 2008

AS MINHAS DÚVIDAS

"É preciso ter dúvidas.
Só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos."
(Welles, Orson)

segunda-feira, 3 de março de 2008

LIBERALISMO


Segundo Maria do Carmo Tavares "tem diminuído o descanso dos trabalhadores durante a jornada de trabalho (pausas para refeição, pequenas pausas) e, no entanto, os ritmos de trabalho não param de aumentar assim como as angústias e as depressões (…) os trabalhadores de turnos de laboração contínua têm visto o seu direito ao repouso, lazer e convívio com a família e amigos, ser posto em causa e de não poderem desenvolver actividades sociais, nem sequer poderem estudar(…) os trabalhadores são vitimas de um desgaste e de um envelhecimento precoce, o que exigia que tivessem muito mais tempo de férias (…) o patronato retira altas rentabilidades desta organização do tempo de trabalho, mas a fatia é muito pequena para os trabalhadores" (p.162).

"Maria do Carmo Tavares refere "embora pareça contraditório, passado mais de meio século sobre a Declaração dos Direitos do Homem e, apesar da luta incessante dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho com o objectivo de um maior repouso e da criação de mais emprego, a pressão do desemprego e a precarização estão a levar a maiores cargas de horário sobre os trabalhadores, a menos férias e, consequentemente, a menos descanso (…) perante todo este liberalismo desenfreado até o direito a férias está a ser questionado, pois pretende-se ligá-lo à assiduidade, nomeadamente ao facto de se ter estado doente (p.163). "

domingo, 2 de março de 2008

NÓS E OS OUTROS

"...As qualidades de cada um estão no poder de percepção dos outros..."
PC

TRANSPARÊNCIA

"...Porém cantar é ternura escrever constrói liberdade e não há coisa mais pura do que dizer a verdade...."
ARY DOS SANTOS

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

UMA IMAGEM .... MILHARES DE OLHARES


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

INDIVIDUALISMO / COLECTIVISMO

"O individualismo por definição não sugere nenhum programa concreto de mudança das condições sociais"

Para mim, o individualismo, é um princípio dominante, que encontramos em vários blogues ligados à Enfermagem. O que me deixa algo preocupado em relação ao futuro por eles preconizado. Certamente favorecedor de um liberalismo selvagem.

Continuarei a defender o COLECTIVISMO como agente de importantes mudanças das condições sociais, em antítese naturalmente.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

NA PRIMEIRA FILA DO TEATRO DA VIDA

“Um profissional de saúde é uma pessoa que sofreu profundas modificações como resultado de treinamento especializado, do conhecimento e da experiência; são pessoas diariamente expostas à dor, à doença e à morte, para quem essas experiências não são mais conceitos abstratos, mas sim, realidades comuns. De muitas maneiras, é como estar sentado na poltrona da primeira fila no teatro da vida, uma oportunidade inigualável para adquirir um profundo conhecimento e maior compreensão da natureza humana”.
REMEN (1993, p.180)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

21 ANOS APÓS A SUA MORTE

Amigo Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento É meu amigo também
Não percas tempo que o vento É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também Aqueles
Aqueles que ficaram(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

FORMAÇÃO NA MUDANÇA

"...Defendo um modelo de formação na mudança, inserido e ajustado a cada contexto, porque criado pelos seus actores. Só assim os aprendentes se sentirão realmente envolvidos num processo que lhes pertence e diz respeito e no qual são co-construtores. Então assim aprende-se. porque se pensa, porque se cria, porque se experimenta se re-experimenta, porque se constrói e se re-constroi, porque se muda e se transforma. Esta forma de encarar a formação exige novas políticas e novas dinâmicas de formação nos hospitais. Exige uma nova atitude por parte dos centros de formação, que devem estar também e principalmente nos Serviços, ajudando a dinamizar os actores, nesse processo cujos resultados muitas vezes só são perceptíveis por eles mesmos (na sua prática diária) e acima de tudo pelos utentes (porque é afinal por eles que todos existimos profissionalmente). O valor social da formação deve ser o desenvolvimento, o desenvolvimento do indivíduo (e não apenas do profissional), do grupo e do contexto (necessariamente a mudança) e não o cumprimento de objectivos definidos externamente por lógicas muitas vezes demasiado tecnocratas. Este desenvolvimento faz-se em meu entender, mais pela aprendizagem dos actores (construção, formação informal e não formal em contexto de trabalho), do que pela formação que para eles se concebe (formal e exterior)..."
Este texto é parte de um comentário "anónimo" feito neste blog dia 8 Fevereiro, ao Post "Devemos formar para mudar ou mudar para formar?"

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

NOVAS PROBLEMÁTICAS DA SAÚDE


Ora aí está. O complemento de formação no seu auge….


Já aqui vos falei da monografia, e da intenção de estudar o impacto dos vínculos laborais na satisfação profissional.

Mas como diria o poeta o mundo pula e avança como uma bola colorida nas mãos de uma criança. E esta bola deve ser saltitona, e que cada vez mais, pula e avança. “Como uma força que ninguém pode parar”.

Desta vez falo de um outro trabalho, ainda no tubo de ensaio, ainda em fase de preposição ao docente responsável pela cadeira. A ver vamos….

O desafio do docente, prende-se com as NOVAS PROBLEMÁTICAS DA SAÚDE no que diz respeito à globalização e multiculturalidade.

Eu, o João Quintinha, o Paulo Cunha (estes de quem já aqui falei) mais 3 colegas: Dália, Margarida e Cláudia, as 2 primeiras do CS Mafra e a 3ª da Médis, propomo-nos abordar a temática pelo lado da espiritualidade/religiosidade. Ou seja que desafios se colocam ao Enfermeiros na sua praxis diária perante Hindus, Cristãos, Muçulmanos, Budistas, Testemunhas de Jeová e Judeus. Ou se quisermos o que estes seres humanos sentem quando confrontados com o mesmo cuidado de Enfermagem.

Estaremos nós despertos e atentos para respeitar rituais, crenças, valores num momento como por exemplo, o cuidar do corpo deste?

Mais do que tudo queremos dar voz a estas comunidades e reperspectivar acções….

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

NOVAS CARREIRAS !

"Nota informativa da Presidência da República sobre a promulgação do Decreto da Assembleia da República que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas
O Presidente da República promulgou hoje o Decreto da Assembleia da República que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas, após o mesmo ter sido expurgado das inconstitucionalidades objecto de pronúncia pelo Tribunal Constitucional.
A este propósito, recorda-se que o acto de promulgação de um diploma legal não significa necessariamente a adesão do Presidente da República às opções políticas que lhe subjazem, nem implica a sua concordância com todas as soluções normativas nele inscritas.
O referido diploma suscita dúvidas em dois planos, as quais, na altura devida, foram expressas pelo Presidente da República, designadamente no pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade enviado ao Tribunal Constitucional.
Assim, por um lado, o diploma em apreço continua a consagrar soluções que, por pouco claras e transparentes, podem criar dificuldades de percepção por parte dos respectivos destinatários, potenciando situações de conflitualidade no seio da Administração Pública.
Por outro lado, subsistem dúvidas quanto à remissão para simples portaria da regulação de matérias de carácter inovatório e ainda quanto à preferência concedida a pessoas colectivas na celebração de contratos de prestação de serviços, o que pode implicar uma excessiva e injustificada dependência da Administração Pública relativamente a grandes empresas privadas.
A Assembleia da República, com plena legitimidade, decidiu apenas eliminar as inconstitucionalidades assinaladas pelo Tribunal Constitucional, não tendo realizado qualquer outra alteração ao diploma que contribuísse para o seu aperfeiçoamento e para a correcção de situações potenciadoras de incerteza jurídica.
A decisão de promulgar o diploma em apreço resultou da ponderação atenta e cuidada a que o Presidente da República procedeu em torno de todos os interesses em presença, considerando, designadamente, não dever obstar à entrada em vigor de um quadro legal que o Governo considera da maior importância para a necessária reforma da Administração Pública Portuguesa.
20.02.2008"
Destacados do texto são da minha autoria

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

SER HUMANO

“Todo o ser humano é diferente de mim e único no universo; não sou eu, por conseguinte, quem tem de reflectir por ele, não sou eu quem sabe o que é melhor para ele, não sou eu quem tem de lhe traçar o caminho; com ele só tenho o direito, que é ao mesmo tempo um dever: o de o ajudar a ser ele próprio.”
Agostinho da Silva

DE OLHO NA SEMANA QUE PASSOU, ESPREITO O QUE AÍ VEM...


Foi uma semana cheia, mas também em cheio….


Na segunda, foi o tal dia de entrega do trabalho de formação, O PORTFÓLIO “OLHARES REFLEXIVOS” foi por fim entregue.

Na quarta, tivemos frequência de Enfermagem, uma Recensão Crítica de um texto – Foi interessante, mas muito pouco espaço, para tanto que me apetecia escrever.

A noite foi de descompressão, a malta da turma A do 8º CCFE da ESEL pólo ESEMFR foi jantar. Momento excelente de descontracção, boa comida, boa bebida e acima de tudo fantástica companhia. O grupo é impecável. Gente divertida, mais um momento de partilha.

Fim-de-semana – Fiz 12 anos de curso e mais um almoço, o 12º em Coimbra. Que bom que é puder conviver ao fim de 12 anos com aqueles que convivi durante 3 anos. O VII Curso Superior da BISSAYA lá foi ao Leitão. O melhor - reflectir sobre a evolução, a nossa e a da profissão. Sem dúvida que é de louvar o espírito que ainda hoje mantemos, muito bom. Partilhamos situações, vivências, desafios, dúvidas. E para o ano lá estaremos para o 13º, dia 21 de Fevereiro de 2009, Temos que continuar esta dinâmica social e reflexiva. E já agora, ver se as mulheres continuam cada vez mais bonitas como até aqui e nós homens com mais barriga. E os “putos” a crescerem saudavelmente.

Lógico que a semana foi também marcada pelos turnos, com cada vez mais situações novas e desafiadoras.

Um único lamento, não consegui estar presente no Congresso da CGTP, tenho pena, o debate é sempre gerador de novos conhecimentos e do alargar de fronteiras. Desde já uma saudação especial para os novos membros da direcção da CGTP, da qual desde este sábado deixo de fazer parte. Mais um ciclo e uma fase da minha vida que se encerra de forma voluntária e amplamente reflectida.

A semana que agora começa, vai ser, a de dar o mergulho definitivo no Projecto de Investigação e Monografia, em conjunto com 2 colegas, ou por outra 2 amigos, João Quintinha e Paulo Cunha, lá vamos investigar - O IMPACTO DOS VÍNCULOS LABORAIS DOS ENFERMEIROS NA SUA SATISFAÇÃO PROFISSIONAL - . Mais um novo e inquietante desafio…

Não esquecer ainda esta semana, o início, já com Bolonha, de mais uma “ronda” de aulas aos alunos do 4º ano da ESE São Vicente de Paulo, agora Universidade Católica.

Felizmente que continuo a ter mais projectos do que memórias…

domingo, 17 de fevereiro de 2008

OLHAR O BLOG DE UMA AMIGA


"entalada pelo tempo
empurrada pela obrigação. as letras têm-me feito companhia aos ouvidos e à retina, com e sem sentido para o saber, para o aplicar numa realidade praxeológica a ocupar as horas de dia. entre as páginas a ler e reter sentidos, vejo-me aqui para um ali, não sei aonde. tanto suor neuronal para um amanhã cioso de ser concretizado e remunerado, mas quase certo que será um presente depois de amanhã. um futuro igual ao dia de hoje, pois nos dias de hoje a dedicação ao saber é um garante para nos fecharem no cofre para ninguém ouvir a voz da sabedoria, para não acordar os direitos (que se encontram na chacinia das suas mãos) e eles darem mais do que migalhas."


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Recensão Crítica

Hoje é dia da primeira frequência em sala de aula. Uma Recensão Crítica de um artigo.
Vamos ver como a coisa corre, depois dou notícias.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

INQUIETUDE

Sempre fui alguém que gostei de opinar, logo já por divesas vezes fiz artigos de opinião, - partindo de algo. De um facto, de uma lei de um texto de um cuidar, de uma reforma na saúde.

Fichas de leitura - também já, julgo eu, aprendi a fazer, 1º referências do autor, depois aspectos mais marcantes do texto com citações e depois a nossa opinião reflexiva.

Recensão Crítica - Pega-se num texto aborda-se o essencial que o autor quiz transmitir segundo várias regras de encadeamento e dá-mos a nossa opinião.

Não hei-de eu andar inquieto. Arranje-se lá uma coisa que seja um misto elaborado dos 3 exemplos que acabei de dar.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

COMPETIÇÃO DE REMO

UMA LIÇÃO DE GESTÃO!

Portugal enviou a sua equipa nacional ao Japão, para uma competição de remo. A competição tem lugar e a equipa Portuguesa fica pessimamente classificada, a uma hora da equipa ganhadora, a Japonesa.

Os responsáveis da federação, indignados, fazem uma sucessão de reuniões para diagnosticar as razões de tão mau resultado, produzindo no final o seguinte relatório:

Japão – 1 Chefe de Equipa / 10 remadores
Portugal – 1 Chefe de equipa / 9 assessores / 1 remador

Descoberto que esteva o grande erro, a equipa portuguesa é remodelada para a competição seguinte.

Mais uma vez os Japoneses foram os ganhadores, tendo a equipa portuguesa ficando a 2 horas das dos vencedores.

Novas reuniões, viagens de estudo, contratação de uma consultora, relatório constou:

Japão – 1 Chefe de Equipa /10 remadores
Portugal – 1 Chefe de equipa / 3 chefes de departamento / 6 chefes de secção / 1 remador

Feita uma nova identificação de causas, uma vez mais a equipa é remodelada. Desta feita tudo foi levado em conta: reizing, dowsizing, engineering, consulta a economistas e gestores, contratação de consultores, integração de conceitos de modernidade, etc, etc, tudo passou a ser considerado.

Porém na hora da competição, Portugal tem nova derrota ainda mais clamorosa. Fica a 3 horas dos vencedores.

Depois de muita discussão, inquéritos e recurso à legislação chega-se finalmente a uma conclusão: desta feita definitiva:

O PROBLEMA ERA O REMADOR!
Claro e evidentemente que com toda a certeza, por culpa do sindicato ……..
(Manuel Oliveira)

Parece-me um pouco a Enfermagem e os comentários recentes que tenho lido neste e noutros blogs, da parte de alguns remadores, ou por outra Enfermeiros. A culpa é sempre de quem não deve ser!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

AINDA AS QUESTÕES DO EMPREGO (II PARTE)

"Rui,
Em primeiro lugar, e por ser a primeira vez que comento um post neste teu espaço reflexivo, aproveito para te felicitar por mais um espaço que é colocado à nossa disposição para reflectirmos, trocarmos ideias e debatermos assuntos relacionados com a Enfermagem e os enfermeiros.
Não poderia deixar de passar a oportunidade que nos deste para debater este assunto, mesmo que tardiamente, sem colocar aqui algumas ideias relativamente ao emprego/desemprego na Enfermagem.
Respondendo directamente à questão que colocas, começo por dizer que poucos ou mesmo nenhuns são os serviços onde são cumpridos os rácios enfermeiro/utente preconizados e onde as horas de cuidados de enfermagem necessárias são iguais ou superiores às que são preceituadas para dar resposta às necessidades em cuidados de enfermagem dos utentes.
Aliás, antes de termos como fonte os estudos e recomendações feitos pela OCDE, como nos elucida o nosso colega DOUTOR ENFERMEIRO, julgo ser pertinente olharmos para os estudos e análises feitos no nosso País, nomeadamente, os produzidos pelo nosso Ministério da Saúde.A escassez de enfermeiros nas instituições prestadoras de cuidados de saúde, sejam elas de que tipo forem, não é, por muito que nos façam crer, uma qualquer ilusão ou invenção, mas sim, uma constatação com a qual nos deparamos diariamente, fruto da imposição de elevadas sobrecargas de trabalho, do não cumprimento das dotações seguras preconizadas, da sonegação constante e sucessiva do gozo de elementares direitos, entre outros exemplos.
Já aqui se comentou levando em consideração os rácios de enfermeiros existentes por habitantes. Falou-se da Áustria e da Irlanda e usaram-se os seus rácios para afirmar que quantidade não é sinónimo de qualidade. O que não se referiu é que em Portugal, o rácio de enfermeiros que exercem funções por habitante, que é de 4,5 por cada mil, é dos piores que se verificam no conjunto dos países da UE e muito inferior à média desses mesmos países, que se cifra nos 7,5 por cada mil.
Esta mesma situação, para que não pensem que é mais uma ilusão gratuita, é assumida no relatório preliminar sobre "Cuidados de Saúde e Cuidados de Longa Duração" produzido pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Solidariedade Social, apresentado ao Comité de Protecção Social da Comissão Europeia e onde se pode ler, na página 8, o seguinte: “O País [Portugal] apresenta, ainda, no contexto comunitário, um dos mais baixos números de enfermeiros por habitante…”.Por outro lado, convém relembrar que no que diz respeito à área dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), Portugal subscreveu as indicações da OMS que apontam para um rácio de um enfermeiro por cada 300 famílias.
A implementação desta metodologia de organização do trabalho, salvo muito raras e honrosas excepções, ainda não foi conseguida efectivar na prática, não por falta de vontade dos enfermeiros mas sim pela escassez de enfermeiros que existe na globalidade dos centros de saúde.Ainda em relação à área dos CSP e levando em consideração o último Censos, datado de 2001, para que cada família tivesse o seu enfermeiro de referência seriam necessários admitir mais 12 170 enfermeiros.
Ao invés disso, e ainda segundo dados do próprio Ministério da Saúde, que se encontram publicados na página da Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS, IP), o número de enfermeiros a exercerem funções nos centros de saúde, entre 2003 e 31/12/2006 diminuiu em 104.Correndo o risco de ser exaustivo não poderia deixar ainda de referir, no âmbito dos CSP, algumas conclusões do estudo elaborado pela Secretaria Geral do Ministério da Saúde, datado de Janeiro de 2007, e que se intitula “Cálculo das Necessidades de Pessoal de Enfermagem no SNS”. Este estudo, que tem como amostra apenas 12 Centros de Saúde, elucida-nos bem da efectiva carência de enfermeiros.
Na página 23 do referido estudo é afirmado que “com efeito, em 31/12/2005 o valor total de horas anuais de enfermagem previsto nos quadros de pessoal dos diferentes CS era de 430 548 (...) No entanto, foram efectivamente perfeitas 458 353 horas anuais, correspondendo a mais 6,5% das horas previstas nos quadros de pessoal.
Para além das horas acima referidas, verificou-se a necessidade de recurso a mais 28 303 horas prestadas em regime de trabalho extraordinário (...)”.Continuando, referem, ainda na mesma página, o seguinte: “a diferença, entre a carga horária anual prevista e a efectivamente existente, traduz a desadequação dos quadros/mapas de pessoal, face às actuais necessidades das populações e ao aumento e diversificação das intervenções nos CSP”.
No que diz respeito à área hospitalar, e pese embora entre o mesmo espaço temporal (2003-31/12/2006) o número de enfermeiros a exercerem funções nos hospitais, ainda segundo a ACSS, IP, tenha aumentado 1 445, existem estudos do Ministério da Saúde, ou de entidades da sua dependência, que nos continuam a demonstrar que as carências de enfermeiros nos hospitais são ainda mais alarmantes.
A aplicação do sistema de classificação de doentes por níveis de dependência espelhou, no relatório do IGIF relativo ao ano de 2004, uma carência no número de horas de cuidados de enfermagem necessários por doente internado de cerca de 21 000 enfermeiros.Fazendo referência novamente ao estudo “Cálculo de Necessidades de Pessoal de Enfermagem no SNS”, o estudo chega à conclusão (página 29) que nos 44 hospitais onde é utilizada esta fórmula de cálculo das necessidades em horas de cuidados de enfermagem há “uma necessidade de 5 373 enfermeiros”.Como tal, e perante todos estes indicadores que são da responsabilidade do próprio Ministério, parece-me difícil que qualquer um de nós consiga afirmar que existem em Portugal um número suficiente de enfermeiros a exercerem funções nos mais diversos serviços.
Compreendo que muitos orientem a sua opinião pelo facto de começarem a existir importantes bolsas de desemprego junto dos enfermeiros, mas já não compreendo que ao invés do que seria de esperar, isto é, lutarmos por maiores admissões e pela efectivação das dotações seguras – isto sim seria defender a profissão, alinhemos no discurso de que existem enfermeiros a mais em Portugal e, desta forma, contribuamos de forma activa para sermos veículos privilegiados de destruição da profissão.Sejamos conscientes.
O que se passa com os enfermeiros não é diferente do que se passa com outros trabalhadores e faz parte de uma política de emprego mais global baseada, também ela como as restantes, na obsessão pela contenção do défice, no saneamento das contas públicas e perseguição compulsiva do cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Assim sendo, mesmo com o reconhecimento objectivo e concreto das carências, o que se pretende é limitar ao máximo as admissões e criar bolsas de desemprego, sempre na perspectiva de desregular o mercado de trabalho e as suas condições, de diminuir ao máximo o valor económico do trabalho e, desta forma, desvalorizar o valor social do trabalho que, consequentemente, levará à desvalorização do papel social das profissões.Este é o principal motivo pelo qual existe neste momento desemprego, voluntariado, estágios profissionais não remunerados, entre outros exemplos, na Enfermagem.
Ao contrário do que seria de esperar são os próprios enfermeiros, num sentido altamente corporativista e redutor, a dizerem que existem em excesso e a dar motivos para que a situação se agudize ainda mais. Ao contrário do que muitas vezes se afirma, a força de uma profissão e o seu poder reivindicativo não se avaliam pelo seu número, mas sim pela união no processo de tomada de consciência colectiva e na mobilização para a acção.
Para terminar dizer que não sou, nunca fui, nem serei defensor da teoria de que quantidade é sinónimo de qualidade. Contudo, como enfermeiro que sou sei que dotações adequadas de enfermeiros nos serviços, para além de induzirem directamente a nossa produtividade, satisfação e motivação, traduzem-se num inequívoco elevar do patamar da qualidade e da segurança dos cuidados de enfermagem que prestamos aos utentes.
Não tenho dúvidas em afirmar que só pela admissão de mais enfermeiros nas diferentes instituições de saúde e pelo cumprimento das dotações preconizadas é que estaremos em condições óptimas para responder aos desafios que o futuro nos reserva.
Acredito que os enfermeiros não se alienarão desta exigência até porque percebem que esta é uma das respostas a dar para as cada vez maiores exigências e necessidades das populações em matéria de cuidados de saúde."
PEDRO FRIAS