quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

FORMAR PARA MUDAR


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Hoje dia 30, tive a oportunidade de em conjunto com a responsável pela formação em serviço do meu serviço apresentar um trabalho aos colegas de serviço e alguns alunos do CLE da ESEMFR e da ESESFM, com o título Formar para Mudar. Ficam aqui os 2 primeiros slides. Eu e a Srª Enfermeira Teresa Branco mobilizámos conhecimentos no sentido da prática reflexiva dos Enfermeiros.
Enquanto sessão de formação entedemos ser positiva, os resultados só os poderemos avaliar ao longo do tempo. Mas para já o caminho continua a ser feito. E existem compromissos hoje assumidos que iremos pôr em prática (naturalmente são do domínio privado da equipa de cuidadores)
Independentemente do complemento de formação e do "raio" dos trabalhos. Este foi para mim o momento de melhor mobilização e partilha da reflexão feita dentro da sala de aulas para o verdadeiro terreno das práticas. Hoje sinto-me bastante realizado porque mobilizei conhecimentos e reflexões no seio de uma brilhante equipa de cuidadores reflexivos. Sou o elemento mais novo do serviço e aquele que mais tem a aprender com os colegas, dai a importância desta acção ter sido concebida, preparada e realizada em conjunto com uma das colegas mais experientes do serviço.
Esta sim, é para mim a verdadeira avaliação da transformação dos adquiridos na prática.

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Rui, "Formar para Mudar" achei interessante a tua narração, vai de encontro com as politicas do nosso governante e parece estar na moda, mas o ideal seria poder ver os slides do vosso trabalho.
Estou, particularmente, sensivel a este tema porque também estou a frequentar o VIII CCFE no Polo Guilbenkian e neste momento estou a ter "Formação em Contexto de Trabalho", como deves estar a imaginar já estou cheio de trabalhos para fazer em relação a este tema. Continua com este blog que é porreiro.

teresa branco disse...

A formação tem assumido uma dimensão ideológica, porque se autojustifica, isto é, a formação é boa em si mesmo, sempre aprendemos algo com a formação, o que faz dela um amplo campo de concenso social. Mas será que ao não questionarmos a forma como é concebida e desnvolvida não estaremos a recusar o nosso protagonismo no processo? Ou será que o papel passivo é mais cómodo? Devemos formar para mudar ou mudar para formar? A simultaniedade faz sentido? Os efeitos da formação têm tido as repercussões esperadas na prática de cuidados? Os contributos da formação têm-se feito sentir in situ de forma a melhorar a qualidade dos cuidados?
Eu diria que a formação só faz sentido se conseguirmos reaquacionar o papel da formação e transferir as aprendizagens realizadas na situação de formação, para a prática de cuidados. É importante promover a formação na acção, através da reflexão e discussão das situações decorrentes da prática diária, para mobilizarmos e repensarmos conhecimentos. Os momentos de reflexão, as paragens para pensar são indispensáveis na caminhada dos enfermeiros, permitindo-lhes na práxis diária níveis progressivos de desenvolvimento, conduzindo-os para a autonomia.
Existe um ditado popular que diz "diz-me com quem andas, dirte-ei quem és" por analogia eu diria " diz-me que formação fazes, como a mobilizas para a prestação de cuidados, dirte-ei que cuidados prestas"
Teresa Branco

FILMES MARADOS disse...

Teresa, obrigado pelo comentário e pela forma empenhada como deste andamento a mais este desafio